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Transtorno de Personalidade Evitativa

  • Foto do escritor: Tatiana Moita
    Tatiana Moita
  • 6 de mar.
  • 4 min de leitura
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O Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE) é caracterizado por um padrão persistente de inibição social, sentimentos de inadequação e extrema sensibilidade à crítica. Pessoas com esse transtorno evitam situações sociais por medo intenso de rejeição ou humilhação, mesmo quando desejam interações.

 

Embora todos possam sentir timidez ou receio em determinadas situações, no TPE esses sentimentos são tão intensos que afetam a vida profissional, acadêmica e pessoal, impedindo a pessoa de se expor a novas experiências e oportunidades.

 

Principais características do transtorno

 

1. Evitação de interações sociais: Medo extremo de críticas, rejeição ou desaprovação.

 

2. Sensação de inadequação: Baixa autoestima e crença de ser socialmente incapaz ou inferior aos outros.

 

3. Hipersensibilidade à crítica: Sofrem intensamente com comentários negativos, muitas vezes percebendo rejeição onde não há.

 

4. Dificuldade em formar vínculos: Evitam relações próximas por medo de não serem aceitos.

 

5. Evitação de riscos: Não se arriscam em atividades ou desafios por medo de falhar ou serem ridicularizados.

 

Como isso afeta o dia a dia?

 

O medo da rejeição pode fazer com que pessoas com TPE evitem oportunidades de trabalho, deixem de conhecer novas pessoas e até recusem convites para eventos sociais. Elas podem desejar interações, mas o medo da desaprovação acaba sendo maior.

 

Mesmo quando conseguem se relacionar, podem interpretar pequenas interações de maneira negativa, achando que foram rejeitadas ou ridicularizadas, o que reforça ainda mais a evitação.

 

O que NÃO é o Transtorno de Personalidade Evitativa?

 

• Não é apenas timidez. Muitas pessoas tímidas conseguem se adaptar e interagir. No TPE, o medo da rejeição é incapacitante.

 

• Não é fobia social. Embora haja semelhanças, a fobia social é mais focada em situações específicas, enquanto no TPE há um padrão generalizado de evitação.

 

• Não é introversão. Pessoas introvertidas preferem momentos sozinhas por escolha, enquanto no TPE há sofrimento e desejo de interação, mas o medo impede.

 

Existe tratamento?

 

Sim! A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes, ajudando a pessoa a reformular crenças negativas sobre si mesma e a desenvolver estratégias para enfrentar o medo da rejeição. O suporte psicológico é essencial para que a pessoa possa ter uma vida mais equilibrada e satisfatória.

 

Uma visão mais ampla

 

O Transtorno de Personalidade Evitativa pode ser desafiador, mas com tratamento e apoio adequado, é possível desenvolver mais confiança e diminuir a evitação, permitindo uma vida social e profissional mais satisfatória.



Abaixo, apresentamos uma história fictícia que ilustra como o Transtorno de Personalidade Evitativa pode se manifestar no cotidiano. Essa narrativa foi criada para tornar o tema mais compreensível, ajudando na conscientização sobre saúde mental.

 

É importante ressaltar que esta história é totalmente inventada e não se baseia em nenhum caso real. Seu objetivo é apenas exemplificar os desafios enfrentados por quem tem esse transtorno.

 

Nos próximos textos, continuaremos explorando os transtornos de personalidade para ampliar o conhecimento e a empatia sobre saúde mental.



A vida em segundo plano

 

Mariana sempre quis ter uma vida social mais ativa. Quando criança, via seus colegas brincando no recreio, mas sentia um medo paralisante de se aproximar. Achava que iriam rir dela, que não seria aceita ou que diria algo errado.

 

O medo de não ser suficiente

 

Na adolescência, Mariana sonhava em ter um grupo de amigos, mas evitava interações por medo de rejeição. Se um colega demorava a responder sua mensagem, ela acreditava que havia feito algo errado e se afastava. Nas apresentações escolares, o pavor de errar a fazia passar mal, então evitava ao máximo se expor.

 

A ideia de um relacionamento amoroso também parecia impossível. Ela se interessava por algumas pessoas, mas a simples possibilidade de ser rejeitada era insuportável. Melhor nem tentar do que correr o risco de falhar.

 

Oportunidades perdidas

 

Na faculdade, Mariana era uma aluna brilhante, mas recusava convites para projetos e eventos, com medo de não ser boa o suficiente. Mesmo quando professores elogiavam seu desempenho, ela achava que estavam apenas sendo educados e não confiava no próprio potencial.

 

No trabalho, evitava reuniões e interações com colegas, temendo que julgassem suas opiniões. Sempre optava por ficar nos bastidores, mesmo quando tinha ideias valiosas para compartilhar.

 

Uma pequena mudança

 

Depois de muitas oportunidades perdidas, Mariana percebeu que sua vida estava passando sem que ela realmente vivesse. O desejo de mudar a levou a buscar terapia, onde começou a desafiar seus pensamentos autodestrutivos e a se expor, pouco a pouco, a situações que antes evitava.

 

O progresso foi lento, mas cada pequeno avanço a fazia se sentir mais capaz. Com o tempo, começou a perceber que muitas de suas inseguranças eram fruto de interpretações distorcidas e que, sim, ela era capaz de se relacionar e conquistar seu espaço.

 

O que podemos aprender com Mariana?

 

A história de Mariana mostra como o Transtorno de Personalidade Evitativa pode impedir alguém de viver plenamente. O medo da rejeição pode ser intenso, mas com apoio e estratégias adequadas, é possível enfrentar esses desafios e construir uma vida mais satisfatória.



Nota Importante

 

A história apresentada acima é totalmente fictícia. Ela não se baseia em nenhum caso real ou paciente específico. Seu objetivo é ilustrar, de forma acessível, como o Transtorno de Personalidade Evitativa pode se manifestar no cotidiano, promovendo mais compreensão sobre essa condição.



Referência Bibliográfica

 

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5-TR. 5. ed., texto revisado. Porto Alegre: Artmed, 2023.

 
 
 

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