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Transtorno de Personalidade Dependente

  • Foto do escritor: Tatiana Moita
    Tatiana Moita
  • 13 de mar.
  • 4 min de leitura
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O Transtorno de Personalidade Dependente (TPD) é caracterizado por uma necessidade excessiva de cuidado e aprovação, levando a um comportamento submisso e a um medo intenso de abandono. Pessoas com esse transtorno têm grande dificuldade em tomar decisões por conta própria e frequentemente delegam sua responsabilidade a outras pessoas, sentindo-se incapazes de agir sozinhas.

 

A dependência emocional pode afetar diferentes áreas da vida, incluindo relacionamentos amorosos, amizades e ambiente de trabalho. O medo de perder o suporte de alguém as leva a se submeter a situações prejudiciais e a evitar qualquer decisão que possa levar à rejeição.

 

Principais características do transtorno

 

1. Dificuldade em tomar decisões sozinho: Precisa constantemente da orientação dos outros, mesmo para questões simples.

 

2. Medo intenso de abandono: Aceita situações prejudiciais para evitar ser abandonado.

 

3. Dificuldade em expressar opiniões: Prefere concordar com os outros para evitar conflitos.

 

4. Sentimento de desamparo: Acredita que não consegue cuidar de si mesmo sem a ajuda de terceiros.

 

5. Dificuldade em iniciar projetos sozinho: Falta de autoconfiança para agir sem aprovação externa.

 

6. Relações de dependência: Liga-se excessivamente a uma pessoa específica e teme sua perda.

 

Como isso afeta o dia a dia?

 

Uma pessoa com TPD pode evitar discordar dos outros por medo de perder sua aprovação, permanecer em relacionamentos tóxicos ou abusivos para não ficar sozinha e sentir-se ansiosa ou impotente quando precisa agir sem apoio. No trabalho, pode depender excessivamente de colegas ou superiores para tomar decisões.

 

O que NÃO é o Transtorno de Personalidade Dependente?

 

• Não é apenas insegurança. Todo mundo pode ter dúvidas ou precisar de conselhos, mas no TPD essa necessidade é constante e incapacitante.

 

• Não é apenas carência emocional. A dependência no TPD vai além da busca por afeto, tornando a pessoa excessivamente submissa e temerosa em relação ao abandono.

 

• Não é apenas confiar nos outros. Pessoas com TPD não apenas confiam, mas acreditam que não são capazes de viver sem a ajuda dos outros.

 

Existe tratamento?

 

Sim! A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar a pessoa a desenvolver mais autoconfiança, aprender a tomar decisões e lidar com o medo da rejeição. O suporte psicológico é essencial para que ela construa relacionamentos mais saudáveis e independentes.

 

Uma visão mais ampla

 

O Transtorno de Personalidade Dependente pode ser debilitante, mas com tratamento adequado é possível desenvolver mais autonomia e autoestima, levando a uma vida mais equilibrada.



Abaixo, apresentamos uma história fictícia que ilustra como o Transtorno de Personalidade Dependente pode se manifestar no cotidiano. Essa narrativa foi criada para tornar o tema mais compreensível, ajudando na conscientização sobre saúde mental.

 

É importante ressaltar que esta história é totalmente inventada e não se baseia em nenhum caso real. Seu objetivo é apenas exemplificar os desafios enfrentados por quem tem esse transtorno.

 

Nos próximos textos, continuaremos explorando os transtornos de personalidade para ampliar o conhecimento e a empatia sobre saúde mental.



Preso à necessidade de aprovação

 

Ana sempre foi conhecida como alguém prestativa e dedicada, mas, no fundo, o que a movia não era apenas generosidade, e sim um medo intenso de ficar sozinha. Desde criança, dependia da aprovação dos pais para qualquer decisão, temendo ser rejeitada se não fizesse o que esperavam.

 

A necessidade de apoio constante

 

Quando começou a namorar na adolescência, tornou-se completamente submissa ao parceiro. Mesmo quando ele a tratava com indiferença, ela permanecia na relação, convencida de que não conseguiria viver sem ele. Quando o namoro terminou, Ana sentiu que sua vida havia perdido o sentido e logo buscou outro relacionamento para preencher o vazio.

 

No trabalho, sempre precisava da validação dos colegas e do chefe. Não tomava decisões sozinha e evitava dar opiniões, com medo de ser criticada. Muitas vezes aceitava mais tarefas do que podia suportar, pois achava que, se dissesse “não”, perderia a consideração dos outros.

 

A dificuldade de se impor

 

As amizades de Ana também refletiam sua necessidade de aprovação. Se alguém pedia um favor, por mais difícil que fosse, ela aceitava sem hesitar. Se sentia que alguém estava distante, logo assumia que havia feito algo errado e tentava compensar de alguma forma.

 

Mesmo quando percebia que estava sendo explorada, não conseguia se afastar. O medo de ficar sozinha e desamparada era maior do que qualquer sofrimento que estivesse enfrentando.

 

O caminho para a independência

 

Foi só depois de uma crise emocional intensa que Ana percebeu o quanto sua vida era guiada pelo medo. Com apoio profissional, começou a entender que sua autoestima não deveria depender dos outros.

 

Aprender a tomar decisões por conta própria e estabelecer limites foi um processo difícil, mas essencial. Aos poucos, ela passou a confiar mais em si mesma, entendendo que poderia se relacionar sem precisar se anular.

 

O que podemos aprender com Ana?

 

A história de Ana mostra como o Transtorno de Personalidade Dependente pode levar a uma vida de submissão e medo. No entanto, com tratamento e apoio adequado, é possível construir relacionamentos mais saudáveis e desenvolver autonomia.



Nota Importante

 

A história apresentada acima é totalmente fictícia. Ela não se baseia em nenhum caso real ou paciente específico. Seu objetivo é ilustrar, de forma acessível, como o Transtorno de Personalidade Dependente pode se manifestar no cotidiano, promovendo mais compreensão sobre essa condição.



Referência Bibliográfica

 

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5-TR. 5. ed., texto revisado. Porto Alegre: Artmed, 2023.

 
 
 

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