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Transtorno de Personalidade Borderline

  • Foto do escritor: Tatiana Moita
    Tatiana Moita
  • 15 de fev.
  • 5 min de leitura

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O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é marcado por intensas oscilações emocionais, relacionamentos instáveis e impulsividade. Pessoas com esse transtorno podem passar rapidamente do amor ao ódio em suas relações, sentir um medo intenso de abandono e ter dificuldades para regular suas emoções.

 

Esse transtorno afeta profundamente a forma como a pessoa percebe a si mesma e aos outros, tornando suas reações emocionais intensas e, muitas vezes, imprevisíveis. Embora seja desafiador, é possível gerenciar os sintomas com apoio adequado.

 

Principais características do transtorno

 

1. Oscilações emocionais intensas: As emoções mudam rapidamente e podem parecer desproporcionais aos eventos que as desencadeiam.

 

2. Medo extremo de abandono: Mesmo situações pequenas podem ser interpretadas como rejeição, levando a reações impulsivas.

 

3. Relacionamentos instáveis: As relações tendem a ser intensas e turbulentas, alternando entre idealização e desvalorização.

 

4. Autoimagem instável: A pessoa pode ter mudanças frequentes na forma como se vê, sentindo-se inadequada ou sem identidade definida.

 

5. Impulsividade: Gastos excessivos, abuso de substâncias, relações sexuais de risco e outros comportamentos impulsivos são comuns.

 

6. Autolesão e pensamentos suicidas: Muitas pessoas com TPB apresentam comportamentos autodestrutivos, especialmente em momentos de estresse emocional intenso.

 

7. Sensação crônica de vazio: Um sentimento persistente de vazio pode levar a tentativas constantes de preenchê-lo com relações ou experiências intensas.

 

8. Raiva intensa e dificuldade em controlá-la: Explosões de raiva podem ocorrer, seguidas por arrependimento ou vergonha.

 

Como isso afeta o dia a dia?

 

O TPB pode tornar a vida diária imprevisível e emocionalmente desgastante, tanto para quem tem o transtorno quanto para aqueles ao seu redor. Pequenas frustrações podem gerar reações extremas, e a busca por validação pode levar a relações intensas e, muitas vezes, conflituosas.

 

Além disso, o medo do abandono pode fazer com que a pessoa evite conflitos ou, ao contrário, reaja de maneira exagerada para testar se será deixada.

 

O que NÃO é o Transtorno de Personalidade Borderline?

 

• Não é apenas “drama” ou sensibilidade extrema. O TPB é um transtorno sério que envolve dificuldade real na regulação das emoções.

 

• Não é apenas um problema de comportamento. As reações intensas vêm de um padrão emocional profundo e enraizado.

 

• Não é impossível de tratar. Embora seja desafiador, terapias como a Terapia Comportamental Dialética (TCD) ajudam a desenvolver habilidades de regulação emocional e controle da impulsividade.

 

Existe tratamento?

 

Sim! A terapia é a principal abordagem para o TPB, especialmente a Terapia Comportamental Dialética, que ensina estratégias para lidar com emoções intensas. Em alguns casos, medicamentos podem ser usados para tratar sintomas específicos, como ansiedade ou depressão.

 

Uma visão mais ampla

 

Com o suporte adequado, muitas pessoas com TPB conseguem levar uma vida mais equilibrada. Compreender o transtorno ajuda tanto aqueles que vivem com ele quanto seus familiares e amigos, promovendo mais empatia e aceitação.

 

Abaixo, apresentamos uma história fictícia criada para ilustrar como o Transtorno de Personalidade Borderline pode se manifestar no dia a dia. A narrativa foi desenvolvida para tornar mais compreensível esse transtorno e seus desafios, ajudando a ampliar a empatia e o entendimento sobre saúde mental.

 

É importante destacar que essa história é totalmente inventada e não se baseia em nenhum caso real. Ela serve apenas como um exemplo hipotético para auxiliar na compreensão do transtorno.


Nos próximos textos, continuaremos explorando os diferentes transtornos de personalidade, promovendo conhecimento e compreensão sobre saúde mental.



Entre o amor e o medo: a história de Laura

 

Desde a adolescência, Laura sentia tudo com muita intensidade. Quando se apaixonava, entregava-se completamente, mas qualquer sinal de afastamento a levava a crises de angústia e desespero. O medo de ser rejeitada a fazia agir impulsivamente, tentando manter as pessoas por perto a qualquer custo.

 

Relações intensas e instáveis

 

Laura conheceu Felipe e, em poucos dias, sentiu que ele era o amor da sua vida. Ela o idealizava, acreditando que ele preencheria todo o vazio que sentia. Mas, com o tempo, pequenos gestos dele começaram a ser interpretados como sinais de afastamento.

 

Se Felipe demorava a responder uma mensagem, Laura entrava em pânico. Ligava várias vezes, deixava mensagens desesperadas e, em alguns momentos, dizia que iria se machucar caso ele a abandonasse. Quando ele tentava tranquilizá-la, ela alternava entre gratidão extrema e raiva intensa.

 

Impulsividade e arrependimento

 

Certa vez, depois de uma briga, Laura decidiu que precisava “ensinar uma lição” a Felipe. Saiu para beber e, em um impulso, ficou com outra pessoa. No dia seguinte, sentiu-se tomada pelo arrependimento e pelo medo de ser rejeitada. Chorou, pediu perdão e prometeu que nunca mais faria algo assim.

 

Situações como essa aconteciam com frequência: impulsos seguidos de arrependimento profundo. O medo de ser deixada fazia com que Laura agisse sem pensar nas consequências.

 

O vazio constante

 

Mesmo quando estava tudo bem, Laura sentia um vazio dentro de si. Tentava preenchê-lo com compras impulsivas, mudanças de visual ou se jogando de cabeça em novas paixões. Mas, em pouco tempo, a sensação voltava, fazendo com que ela se sentisse perdida e sem propósito.

 

Raiva intensa e descontrole emocional

 

Em um dia particularmente difícil, Laura teve uma crise após sentir que Felipe estava distante. Gritou, chorou, disse que ele a fazia se sentir insignificante. Jogou o celular no chão e, em um momento de desespero, arranhou o próprio braço.

 

Horas depois, a raiva deu lugar a uma profunda tristeza. Laura se odiava por ter agido assim, mas não conseguia evitar. Sentia que não tinha controle sobre suas emoções.

 

Um passo para a mudança

 

Cansada de se sentir à beira do colapso, Laura decidiu buscar ajuda. Começou a terapia e, pela primeira vez, ouviu falar sobre o Transtorno de Personalidade Borderline.

 

Ao longo das sessões, aprendeu estratégias para lidar com suas emoções e começou a entender que seu medo do abandono não refletia a realidade, mas sim uma resposta intensa de sua mente. Com o tempo, aprendeu a controlar impulsos e a construir relações mais saudáveis.

 

A jornada não foi fácil, mas Laura percebeu que era possível ter uma vida melhor. Com apoio e esforço, começou a encontrar um equilíbrio entre suas emoções e a realidade.

 

O que podemos aprender com Laura?

 

A história de Laura ilustra os desafios enfrentados por pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline. Suas emoções intensas e reações impulsivas não são fruto de escolha, mas sim de um padrão de funcionamento emocional que pode ser difícil de controlar.

 

No entanto, com terapia e suporte, é possível aprender a regular as emoções e construir uma vida mais equilibrada.



Nota Importante

 

A história apresentada acima é completamente fictícia. Não se baseia em nenhum caso real ou paciente específico. Seu objetivo é ilustrar, de forma simples e acessível, como o Transtorno de Personalidade Borderline pode se manifestar no cotidiano, ajudando os leitores a entenderem melhor essa condição.



Referência Bibliográfica

 

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5-TR. 5. ed., texto revisado. Porto Alegre: Artmed, 2023.

 
 
 

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