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As Marcas Invisíveis das Palavras: O Impacto Silencioso do Que Dizemos e Calamos

  • Foto do escritor: Tatiana Moita
    Tatiana Moita
  • 6 de set. de 2024
  • 3 min de leitura
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Palavras são como sementes, lançadas ao vento, que encontram solo fértil nas mentes e nos corações. É inegável o poder que elas têm de transformar, construir ou destruir. O que falamos ou escolhemos não falar molda o mundo à nossa volta e, principalmente, o nosso mundo interior. Na psicologia, estudos comprovam o impacto profundo que as palavras exercem em nossa psique, desde as pequenas interações cotidianas até as grandes conversas que marcam nossas vidas.

 

As palavras ditas com carinho, afeto e cuidado têm o poder de curar. Elas acolhem, acalmam, trazem conforto. Um simples “eu te entendo”, por exemplo, pode tirar alguém de um abismo emocional. Por outro lado, palavras duras e críticas podem ferir, muitas vezes de forma invisível, mas profunda. Elas deixam marcas que, mesmo sem cicatrizes visíveis, permanecem ecoando dentro de nós por anos. Como é possível que algo tão intangível como uma palavra possa, ao mesmo tempo, ser a mão que puxa para fora da escuridão ou o empurrão que nos lança para dentro dela?

 

Além disso, vale lembrar que certas palavras, mesmo quando ditas há muitos anos, continuam ecoando nas profundezas de quem as ouviu. Elas podem causar um estrago psicológico tão grande que deixam marcas permanentes, tornando alguém inseguro, ansioso ou desconfiado de si mesmo para o resto da vida. Uma única frase impensada pode enraizar dúvidas, medos e incertezas, moldando a forma como essa pessoa enxerga o mundo e a si mesma. Por outro lado, um simples elogio no momento certo tem o poder de iluminar uma vida inteira. Um “você é capaz” ou “acredito em você” pode ser o gatilho que alguém precisava para seguir em frente com confiança e determinação.

 

Há também as palavras que não são ditas, o silêncio que muitas vezes fala mais alto do que qualquer discurso. A ausência de um “sinto muito”, “eu te amo” ou “me desculpe” pode criar feridas difíceis de cicatrizar e abismos emocionais profundos. No contexto terapêutico, o não dito, aquilo que deixamos nas entrelinhas, pode ser revelador, como se o silêncio escondesse sentimentos que, quando verbalizados, trazem alívio e compreensão. O que não dizemos pode deixar lacunas, criando distâncias e solidões que poderiam ter sido evitadas com uma simples frase. Há quem passe a vida esperando por palavras que nunca vieram, carregando o peso da ausência delas.

 

Em termos científicos, sabemos que as palavras influenciam diretamente nosso cérebro. Elas ativam áreas relacionadas ao prazer, à dor, à memória. Frases de apoio e encorajamento, quando repetidas a si mesmo, podem gerar mudanças na forma como vemos o mundo e a nós mesmos. Esse é o princípio por trás das afirmações positivas. Já a exposição contínua a palavras negativas pode aumentar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, impactando diretamente nosso bem-estar.

 

Portanto, é fundamental termos muito cuidado com o que dizemos. Cada palavra que dizemos pode ter um efeito profundo sobre quem a escuta, e o impacto é, muitas vezes, imprevisível. Estamos lidando com seres humanos, com histórias, emoções e vulnerabilidades. Nunca sabemos o que nossa fala pode provocar no outro. A palavra, uma vez dita, não pode ser retirada. E as consequências do que foi falado ou do que foi calado podem acompanhar alguém por toda a vida.

 

Assim, a reflexão que deixo hoje é esta: que possamos sempre pensar com carinho e consciência antes de falar. Se nossas palavras podem trazer cura ou dor, que a escolha seja sempre pelo cuidado. Porque, no fim das contas, cada frase que proferimos pode ser uma semente que crescerá para o bem ou para o mal na vida de quem a recebe. Que saibamos usar esse poder com responsabilidade e amor!

 
 
 

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